Antônio Domingos, a força do nordestino. Ele transformou
dificuldade em sucesso e hoje é um dos maiores empresários da construção Civil
em São Paulo.
Os jovens quem pensam em um dia
colocar as malas nas costa e enfrenta a dura realidade do mundo, com suas
competições, injustiças e dificuldades, não podem deixar de ver esta entrevista
com um cidadão que saiu do nada e ao logo de duas décadas construiu um patrimônio
invejável ás custas de muito trabalho e suor.
Antônio Domingo é daqueles
nordestinos obstinados que um dia viu que existia um futuro e um mundo
grandioso à conquistar. Filho de Manuel Cardoso e Dona Cruizinha, (foto ao lado) nasceu na
longínqua localidade chamada Buritizinho, na zona rural do Município de São
Miguel do Tapuiu. Lugar esquecido pelo mundo e pelas autoridades, mas de beleza
sem igual, forjado na poeira e no calor do lugar, sempre se espelhou nos passos
do pai, Manoel Cardoso, homem do campo, trabalhador e que soube com muita
dignidade educar seus filhos. A palavra trabalho, sempre foi á fonte de
inspiração de Antônio Domingos que encorajado pela história do pai um dia, pôs
as malas no ombro e foi ao encontro do seu destino em São Paulo.
Antônio
Domingos ao lado de Bernildo Val e no centro o Vice Governador do Piauí e Presidente da Federação
das Indústrias do Estado do Piauí, Moraes Souza Filho
Na cidade grande, viu o tamanho
do mundo e quanto era difícil prosperar, mas para um homem acostumado com as adversidades,
soube com coragem enfrentar os desafios, foi servente de pedreiro, levou massa
nas costas, na verdade foi peão de construção e como peão logo cresceu, montando
o que em São Paulo se chama de gato. A sua pequena empresa por ser cumpridora
dos prazos e prestar um serviço de qualidade incomparável, logo se tornou uma
referência no concorrido mundo da construção civil em São Paulo. Hoje ele é
dono da ADM construção, uma das maiores construtoras do Estado de São Paulo e
conversou com a nossa reportagem por ocasião do casamento de Dr. Fabiano com
sua sobrinha, Drª. Poliana Cardoso Val. Leia a entrevista:
J. Pereira - Antônio
Domingos, hoje, vivemos num mundo bastante competitivo, onde o mercado de
trabalho está cada vez mais exigente, qual o conselho que você daria aos jovens que
pensam em viajar para São Paulo em busca de trabalho?
A.D. São Paulo é um lugar bastante difícil, por isso para sobreviver tem que trabalhar, a palavra é trabalho, não perder as oportunidades e se dedicar. O trabalho engrandece a qualquer um que queira prosperar na vida, principalmente em São Paulo, onde a concorrência é grande e o mercado de trabalho muito restrito para o número de habitantes. Quem quiser ir a São Paulo e tiver coragem de trabalhar vai vencer, mas é preciso ter capacidade, se qualificar. Quando cheguei na cidade grande, penei bastante, mas não desisti e soube enfrentar os dificuldades, não é fácil, mas você consegue.
J. Pereira – Nós vimos uma reportagem onde há uma grande possibilidade
de encolhimento do mercado imobiliário e da construção civil nos próximos anos,
você acredita nessa possibilidade?
A.D.- Existe sim Pereira, o mercado está bastante inchado, eu
acredito que após dois mil e cartoze, o mercado da construção civil vai sofrer
uma grande redução no seu volume de negócios. Os investimentos são muitos e a
tendência é que haja uma acomodação no futuro.
J. Pereira – E o que pode ser feito pelo Governo para minimizar essas
projeções negativas?
A. D. O Governo precisa fortalecer as empresas com incentivos e
menos impostos, os impostos matam qualquer empresário, as empresas vivem
sufocadas, o custo por operário é grande, talvez se o governo diminuísse a
carga de impostos o setor poderia reagir com sucesso ás previsões negativas.
Outro ponto é o excesso de fiscalização, é fiscalização pra tudo, deixa sempre
o empresário temeroso, sem falar na questão sindical que atrapalha muito o
setor.
J. Pereira – O Governo sempre fala em obras do PAC, este programa tem
ajudado o setor construção civil?
A. D. – Não, as obras do PAC não ajudam em nada o setor.
J. Pereira – Outro ponto que o setor da construção civil tem encontrado
dificuldades é na qualificação da mão de obra, o que pode ser feito para
minimizar este problema?
A.D. – É ai onde o Governo pode ajudar, temos que qualificar a mão
de obra, nós estamos sofrendo com a falta de operários qualificados, é preciso
dá cursos aos nossos jovens, cursos profissionalizantes para que o mercado
possa absorver essa mão de obra. É difícil hoje encontrar funcionários com a
devida qualificação, há uma dificuldade generalizada dos empresários em
encontrar operários com a devida qualificação e o mercado precisa se
modernizar. O pouco número de operários qualificados diminui a concorrência e
eleva os custos da folha de pagamento, é preciso que haja mais oferta e mais
concorrência.
J. Pereira – Quais são as suas considerações finais?
A. M. – Quero parabenizar o Dr. Fabiano é minha sobrinha Poliana
pelo casamento e agradecer a Deus, pela minha família, pela minha vida, por ele
ter me feito trabalhador, agradecer a minha esposa Tina, os meus filhos, Maria, Rôse e o Manuel que sempre estiveram do meu lado, mas aproveito para enviar um abraço a todos os meus
amigos, em São Miguel, e em Buriti dos Lopes, ao Raimundin Sanfoneiro e ao
Ribinha, esses são meus amigos, tenho amigos em Buriti dos Lopes que rezam por
mim todos os dias e eu só tenho a agradecer. Quero dizer para o Bernildo que
estamos firmes e o meu desejo é que ele realize seu sonho e eu vou a Buriti dos Lopes, eu gosto de Buriti dos Lopes, vou retornar
aquela cidade onde tenho irmãos como Xavier, o Lisboa e a Emília e muitos
amigos e eu quero vê o Bernildo comandando aquela cidade. Muito obrigado
Pereira.
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