A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff
subiu cinco pontos percentuais e atingiu 77%, de acordo com pesquisa Ibope
encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta
quarta-feira-feira (4). Na pesquisa anterior, de dezembro, o índice dos
eleitores que aprovavam a maneira de Dilma de governar era de 72%.
Dos
eleitores ouvidos, 5% não souberam ou não quiseram responder. Esta é a maior
aprovação pessoal da presidente Dilma nas cinco pesquisas realizadas pela CNI
desde sua posse.
Conforme
a pesquisa, 19% dos eleitores desaprovam a maneira de Dilma de governar. Na
pesquisa anterior, o percentual era de 21%. 2% não responderam.
A
pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Entre 16 e 19 de março, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em
142 municípios de todas as regiões do país.
O
levantamento foi realizado pouco depois do auge da crise do governo com a base
aliada, quando o governo sofreu derrotas em votações importantes e a presidente
Dilma trocou os líderes do governo na Câmara e no Senado para tentar solucionar
o impasse.
Em
relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma apresenta maior
popularidade em comparação com os dois primeiros anos dos dois mandatos de
Lula, conforme a pesquisa.
Em março
do segundo ano do segundo mandato, Lula tinha 73%. A melhor avaliação de Lula,
no mesmo período, foi registrada em março de 2003, quando ele obteve 75%. Na
última pesquisa Ibope do governo Lula, em dezembro de 2010, o ex-presidente
obteve 87% de aprovação.
Entre as
regiões, a melhora mais expressiva da avaliação de Dilma ocorreu na região
Sudeste, onde o índice de aprovação subiu de 69% para 75%.
Avaliação
do governo Dilma
O Ibope
aponta que, dos eleitores, 56% consideraram como ótimo ou bom o governo como um
todo, mesmo percentual do levantamento anterior, feito em dezembro. Segundo o
levantamento, 8% consideraram o governo Dilma ruim ou péssimo, contra 9% na
pesquisa anterior.
Considerando
a avaliação do governo, o melhor percentual registrado por Lula foi 51% em
março do primeiro ano do primeiro mandato. Mais da metade da população, 60%,
considera que o governo da presidente Dilma está sendo igual ao do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O
percentual de brasileiros que confiam na presidente passou de 68% para 72%.
Considerada a margem de erro, esse índice se manteve estável em relação ao
resultado mais elevado alcançado por Dilma, em março de 2011 (74%). Houve destaque
para o aumento da crença dos eleitores das regiões Sul e Nordeste na
presidente. No Sul, o índice saiu de 65% para 72% e no Nordeste de 73% para
79%.
Percepção
dos eleitores
A
pesquisa mostra que assuntos crtíticos para o governo, como os conflitos com a
base aliada e a votação do Código Florestal, foram pouco lembrados pelos
entrevistados na pesquisa. A crise com a base foi lembrada por 4% dos
eleitores.
Os temas
mais citados foram os programas sociais voltados para mulheres, dos quais 9%
dos eleitores lembraram, e as viagens da presidente Dilma Rousseff, lembadas
por 7%.
O
percentual de percepção sobre notícias relacionadas a corrupção no governo caiu
de 28%, em dezembro de 2011, para 5% no último mês. As substituições dos
ministros da Pesca e do Desenvolvimento Agrário também foram citadas
espontaneamente por 4% dos entrevistados.
Aumentou
também, de 21% para 28%, o percentual de eleitores que consideraram as últimas
notícias favoráveis à presidente. Em dezembro do ano passado, 19% dos
entrevistados avaliavam a maioria de notícias como desvaforáveis. Esse índice
caiu para 14% em março.
Temas
relacionados à Copa do Mundo, como a votação da Lei Geral da Copa no Congresso,
foram citados por 3% dos entrevistados. O mesmo percentual de entrevistados
lembrou de medidas econômicas adotadas pelo governo. A prisão pela Polícia
Federal do empresário suspeito de comandar rede de jogos ilegais, Carlinhos
Cachoeira, foi citada por 2% dos entrevistados.
Avaliação
por áreas
A área
com pior avaliação é a de impostos. A carga tributária brasileira foi
desaprovada por 65% da população, seguida pelas áreas de saúde (63%) e
segurança pública (61%).
Em
relação a ações de combate à inflação, a desaprovação caiu de 52% em dezembro
para 50% em março deste ano.
As
políticas e ações de proteção ao meio ambiente tiveram crescimento da aprovação
de 48% para 53%. O governo prepara para junho a Rio+20, conferência sobre
desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, que será no Rio de Janeiro.
Os principais
programas da área social do governo, que tratam do combate à fome e à pobreza,
estão entre as áreas que tiveram melhora na avalição pelo eleitoral, subindo de
56% para 59% de aprovação.
Os
índices de aprovação são maiores na região Nordeste (63%), nas cidades do
interior (62%) e em municípios pequenos de até 20 mil habitantes (69%). Outro
tema aprovado pela maioria da população (53%) foi a política de combate ao
desemprego. Na educação, o percentual de aprovação subiu quatro pontos
percentuais, chegando a 49%.
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