terça-feira, 17 de abril de 2012

Polícia apura mais 5 possíveis vítimas de trio investigado por canibalismo no PE


Cinco outros casos de possíveis vítimas do trio investigado por homicídio e pela prática de canibalismo, em Garanhuns, Agreste pernambucano, estão sendo apurados pela Polícia Civil, que não revelou mais detalhes desses crimes para preservar a apuração dos fatos. Ontem (16), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) anunciou, no Recife, que vai coordenar três frentes de investigação: os dois casos já conhecidos no interior de Pernambuco, outra investigação na delegacia de Olinda, no Grande Recife, além de apoiar um inquérito aberto na Paraíba, onde a existência de uma vítima do trio também está sendo apurada. Ao todo, nove mortes podem ser atribuídas ao grupo, quando a investigação for concluída.
De acordo com o DHPP, os três suspeitos já confessaram a autoria dos dois assassinatos em Garanhuns e de mais um em Olinda. No entanto, até agora, só foram encontrados os corpos das mulheres mortas no interior. Eles foram liberados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, no sábado (14), após identificação dos parentes. Mais amostras de tecidos foram coletadas para serem examinadas pelos peritos. "Pode ser que, além dessas duas vítimas, haja restos mortais de outras pessoas também", disse o delegado Osvaldo Moraes, diretor de Operações da Polícia Civil.
Em relação aos salgados recheados com carne humana, que uma das vítimas afirmou vender na cidade, o diretor afirmou que é praticamente impossível provar isso. "Não sabemos se é verdade, se eles falaram só para causar impacto. Isso não está provado nos autos. Temos que ver se é criação da cabeça deles ou não. A verdade é que isso nunca vai ser provado", ponderou.

Entenda o caso
Os suspeitos de cometer a barbárie formam um triângulo amoroso composto por um homem e uma mulher de 52 anos, que seriam casados, e uma jovem de 23. Em depoimento à Polícia Civil, eles disseram que usavam carne humana para produzir salgados, que eram vendidos à população de Garanhuns e servidos como refeição, inclusive para a criança de 5 anos que vivia com eles e que ajudou a polícia a elucidar os crimes. Os suspeitos ainda confessaram guardar parte dos corpos das vítimas na geladeira.
Seita
De acordo com a polícia, os suspeitos falaram que faziam parte de uma seita, que pregava a purificação do mundo e a diminuição populacional, matando três mulheres por ano. O homem suspeito de comandar o trio nos assassinatos fez um livro, ilustrado e registrado em cartório, onde conta detalhes dos crimes e da vida dele.

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